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19 de Abril de 2024
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    Solenidade marca formatura de oficiais do Barro Branco

    há 15 anos

    A chuva, apesar de ameaçar, não caiu - só a de papel picado, no final da festa. Já a emoção foi mais difícil de conter, mesmo por quem não era parente. Bruno de Souza Ribeiro veio de Brodowski, com mais 15 familiares, para prestigiar o irmão Aurélio. Massami Tanaka saiu de Presidente Venceslau, numa van com mais oito pessoas, para ver a filha Mayara. Aurélio e Mayara estão entre os 152 novos aspirantesaoficial da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, cuja cerimônia de formatura ocorreu sábado passado, na sede da instituição, no bairro do Tucuruvi. Entre os formandos, havia 16 mulheres.

    Os jovens concluíram, após quatro anos letivos, o Curso de Formação de Oficiais (CFO) da academia. O processo seletivo, bastante concorrido, é realizado pela Fuvest e PM do Estado. O formado pela academia torna-se bacharel em Ciências Policiais de Segurança e da Ordem Pública, de acordo com Lei Complementar nº 1.036, de janeiro de 2008. Nos primeiros meses após a formatura, passa por estágio probatório, sendo considerado aspiranteaoficial. A partir daí, torna-se segundo tenente, posto inicial da carreira de oficial da PM.

    Na cerimônia, os jovens entregaram seus espadins (símbolo do aluno oficial ou cadete) e receberam de seus padrinhos e madrinhas a espada (símbolo do oficial da PM). Somente o primeiro colocado ganhou, além da espada, a medalha Pedro Dias de Campos. A solenidade incluiu desfiles de oficiais, cavalaria e carros da corporação. O paraninfo da turma foi o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

    Referência global - O vice-governador do Estado, Alberto Goldman, representou o governador na cerimônia. Participaram ainda os secretários de Estado da Segurança Pública e da Justiça e Defesa da Cidadania; o comandante geral da PM do Estado de São Paulo, coronel Roberto Antonio Diniz; o comandante da Academia de PM do Barro Branco, coronel Março Antonio Alves Miguel; deputados estaduais; e demais autoridades.

    A Academia do Barro Branco é uma unidade de ensino superior da Polícia Militar, onde são preparados seus futuros dirigentes. "Hoje, tornou-se referencial até em termos mundiais", observa o comandante da instituição, coronel Março Antonio Alves Miguel. A instituição é renomada, por exemplo, nas áreas de Direitos Humanos e Técnicas Policiais. Também é a única Academia de PM do País com sistema de gestão pela qualidade, tendo recebido o Prêmio Paulista de Qualidade - categoria bronze. Uma das metas, para 2009, é alcançar o certificado ISO 9001.

    Um dos diferenciais é em relação ao que proporciona ao ingressante em termos de mercado de trabalho. O aluno oficial recebe na instituição curso de graduação e, após concluí-lo, é destacado para o gerenciamento de um efetivo de profissionais, dentro do Estado de São Paulo, compromissados com a defesa da vida, integridade física e dignidade da pessoa humana, tendo estabilidade profissional - ou seja, não vai concorrer no mercado de trabalho. Essa garantia tem levado muitos jovens a procurar a academia. Na Fuvest 2009, a relação candidato por vaga foi de 74,37 (no masculino) e de 40,67 (no feminino), superando até o curso de Medicina.

    Na instituição, os alunos têm aulas de matérias jurídicas, assuntos referentes à segurança pública, técnica policial, direitos humanos, policiamento comunitário, administração e psicologia. Além disso, há atividades complementares (denominadas de ‘grêmios’), que compreendem informática, música, literatura, musculação, natação, entre outras. O aluno deve participar de pelo menos uma. Há também estágios obrigatórios.

    Alguns dos pré-requisitos para ingressar no curso são possuir ensino médio completo, idade máxima de 26 anos (para militares não há essa especificação), altura mínima (1,60 para mulheres e 1,66 para homens), além de ser aprovado em processo seletivo, que engloba algumas fases. A primeira e segunda, realizadas pela Fuvest, têm caráter classificatório. A terceira etapa (exames médicos, físicos e psicológicos), de caráter eliminatório, e a quarta (investigação social), são realizadas pela Polícia Militar.

    Direitos humanos - Além do CFO, a academia oferece cursos para os já componentes da corporação, como o de Habilitação ao quadro auxiliar de oficiais, destinado aos policiais que já têm, no mínimo, 15 anos de serviço, com formação superior. O curso dura nove meses, e os formandos atuarão como oficiais em atividades administrativas.

    Muita tolerância, respeito e ética aos valores, principalmente aos ligados aos direitos humanos, compõem o perfil desejado de quem ingressa na instituição. "Não aceitamos mais policial truculento, intolerante, ignorante. Isso está fora das nossas perspectivas como polícia do futuro", observa o comandante da Academia do Barro Branco. Um dos desafios da instituição é sedimentar as Ciências Policiais de Segurança e da Ordem Pública, recém-instituída. Outro é a busca por certificações que atestem a qualidade do ensino que oferece.

    Paulo Henrique Andrade

    Da Agência Imprensa Oficial

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